Avaliação Inicial da vítima no atendimento pré-hospitalar









Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou durante o transporte.Para conhecer mais sobre a caracterização dos serviços de urgência e emergência, SAMU, normatização e legislação do Atendimento Pré-hospitalar (APH) no Brasil, leia sobre a Política Nacional de Atenção às Urgências, documento disponível no site do Ministério da Saúde:

O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas regras básicas de atendimento:

1) AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO
– Qual a situação? Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os riscos que o ambiente oferece (para você, sua equipe e terceiros – paciente, familiares, testemunhas, curiosos), qual o número de vítimas envolvidas, gravidade, etc.
– Como a situação pode evoluir? Tenha sempre em mente que o ambiente pré-hospitalar nunca está 100% seguro e uma situação aparentemente controlada pode tornar-se instável e perigosa a qualquer momento. Portanto, a segurança deverá ser reavaliada constantemente!
– Identifique as ameaças ao seu redor, tais como riscos de atropelamento, colisão, explosão, desabamentos, eletrocussão, agressões, etc. Na existência de qualquer perigo em potencial, aguarde o socorro especializado. Lembre-se: não se torne mais uma vítima! Quanto menor o número de vítimas, melhor.
– Que recursos devem ser acionados? Verifique se há necessidade de solicitar recursos adicionais, tais como corpo de bombeiros, defesa civil, polícia militar, companhia elétrica, etc.

2) ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE especializado e autoridades competentes, caso seja necessário, conforme avaliação anterior. Não devemos esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante quanto cuidar da própria vítima. Na maioria das cidades brasileiras, os principais números para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros) e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190.

3) SINALIZAR O LOCAL: isso é especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos, portanto não se esqueça de sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o triângulo de sinalização, pisca – alerta, faróis, cones, galhos de árvores, etc.

4) Utilizar BARREIRAS DE PROTEÇÃO contra doenças contagiosas. Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos. O uso de equipamento de proteção individual (EPI), tais como luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é essencial para a segurança do profissional de saúde em atendimento. Portanto, proteger-se de qualquer contaminação e minimizar os riscos de exposição fazendo uso das precauções universais é uma obrigação da pessoa que presta o socorro. Lembre-se do bom-senso: a sua segurança em primeiro lugar, correto? Lembramos ainda que a lavagem de mãos com água e sabão deverá ser feita rigorosamente antes e após cada atendimento. Esse é um hábito imprescindível a ser adotado tanto no ambiente pré-hospitalar quanto hospitalar, por todos os profissionais de saúde.

5) RELACIONAR TESTEMUNHAS para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro.

6) ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um profissional de saúde. Posso ajudar?” Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio e observando todos os aspectos pessoais e legais da cena do acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir diretamente no atendimento.
É fundamental que o socorrista profissional classifique a vítima em adulto, criança ou bebê, pois os procedimentos de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se essa classificação, de acordo com as últimas recomendações (2005) da American Heart Association.
• Bebê (“lactente”): do nascimento ao primeiro ano de vida.
• Criança: do primeiro ano de vida até o início da puberdade (por ex: desenvolvimento das mamas em meninas e pelos axilares nos meninos).
• Adulto: a partir da puberdade.



Tenha segurança no atendimento pré-hospitalar com o curso Atendimento Pré Hospitalar de Excelência. O conteúdo é excelente, há vários bônus e os recursos para o estudo facilitam demais a jornada de quem quer aprender de verdade.

Compre agora!